Como começar a introdução alimentar do bebê
Descubra quando e como começar a introdução alimentar do bebê com dicas práticas, acessíveis e acolhedoras para mães em diferentes realidades.
Michele A.
6/4/2025
A introdução alimentar é um daqueles marcos que deixam muitas mães com um friozinho na barriga. Afinal, depois de meses só no leite, chega a hora de oferecer comida de verdade. Mas por onde começar? Precisa ser tudo orgânico? Pode dar banana amassada mesmo? Calma, amiga! Vamos conversar sobre isso de um jeito simples, real e sem neura.
Quando começar a introdução alimentar?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, o ideal é iniciar a introdução alimentar aos 6 meses de vida. Antes disso, o leite materno ou fórmula é suficiente para nutrir o bebê.
👉 Você pode conferir essa orientação completa no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, do próprio Ministério da Saúde.
Mas atenção: essa idade é uma orientação geral. O mais importante é observar os sinais de prontidão do bebê. São eles:
Sinais de que o bebê está pronto para comer:
Consegue sentar com apoio e manter a cabeça firme
Mostra interesse pela comida (tenta pegar do seu prato, observa enquanto você come)
Perdeu o reflexo de protrusão da língua (aquele movimento de empurrar tudo pra fora)
Se você está na dúvida, vale conversar com um pediatra ou nutricionista (e se for pelo SUS, procure a UBS ou o CRAS mais próximo).
Por onde começar: o que oferecer primeiro?
A boa notícia é que você não precisa gastar horrores em comidas mirabolantes. A introdução alimentar pode – e deve – ser baseada em alimentos naturais, do dia a dia. Pode sim começar com banana, mamão, abóbora, batata... Simples e nutritivo.
Exemplo prático de refeição inicial:
Uma opção de almoço para os primeiros dias pode ser:
Purê de abóbora ou batata doce
Arroz bem cozidinho
Feijão sem sal, peneirado ou amassado
Frango desfiado bem macio ou ovo cozido amassado
Ofereça tudo separado, para que o bebê conheça os sabores individualmente. Isso ajuda a desenvolver o paladar!
Mas e a consistência? Amassado ou pedaços?
A introdução pode seguir diferentes métodos, como o tradicional (papinhas amassadas) ou o BLW (baby-led weaning), em que o bebê pega os pedaços com a mão. A escolha depende da sua rotina e do perfil do seu bebê.
Não existe um único jeito certo. O importante é que os alimentos sejam seguros, oferecidos com supervisão e em texturas apropriadas. Evite triturar tudo no liquidificador – a mastigação começa na gengiva e é importante para o desenvolvimento.
Frequência e horários: tem regra?
No início, uma refeição por dia é suficiente. Depois de 1 ou 2 semanas, pode incluir uma segunda refeição. A ideia é ir aumentando aos poucos, sem pressa.
Dica prática:
Comece no horário em que você está mais tranquila. Pode ser no almoço ou no meio da manhã. O importante é que o bebê esteja acordado, com fome moderada e bem disposto.
E se ele cuspir tudo ou recusar?
Normal! O bebê está aprendendo. Nos primeiros dias (ou até semanas), a maior parte da comida pode acabar no babador. Isso faz parte do processo.
Evite forçar. Continue oferecendo com paciência, explorando diferentes sabores e texturas. Um dia ele vai surpreender você comendo tudinho!
Dicas acessíveis para mães ocupadas (e cansadas):
Cozinhe em quantidade e congele porções pequenas: isso economiza tempo na semana
Use o que já tem em casa: não precisa comprar alimentos “da moda”. Abóbora, cenoura, batata e feijão são excelentes
Consulte a UBS: muitas unidades oferecem grupos de nutrição ou orientação com nutricionistas gratuitamente
Apps como o “Amamenta” ou “NutriSUS” (gratuitos) ajudam a acompanhar essa fase com segurança
Evite esses erros comuns:
Sal, açúcar, mel e industrializados: só depois de 2 anos
Forçar o bebê a comer tudo
Ficar ansiosa demais com a bagunça (faz parte!)
Comparar seu bebê com o da vizinha ou com vídeos perfeitinhos do Instagram
Conclusão: cada bebê tem seu tempo
Introdução alimentar não é uma corrida. É uma jornada cheia de descobertas, texturas novas, caretas e muita bagunça gostosa. O mais importante é que o bebê esteja saudável, ganhando peso e vivendo essa fase com alegria e sem pressão.
E você, mãe, também merece viver essa fase com leveza. Com um olho na colher e o outro no coração.
Se esse conteúdo te ajudou, compartilhe com outra mãe que também está começando essa fase! ❤️
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